Jogo online sobre segurança e o sistema nervoso

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Anualmente, 250.000 - 500.000 pessoas sofrem lesões na medula espinal, na sua maioria por causas evitáveis

O Neuropal quer ajudar-nos a reconhecer situações de risco e a adotar comportamentos seguros que possam prevenir lesões graves, ao mesmo tempo que explora a anatomia do sistema nervoso e as importantes funções que ele desempenha.

O jogo leva-nos numa aventura com dois amigos, Neuropal e Neuro, de férias num paraíso tropical. Eventos inesperados forçam todos a escapar e Neuropal terá que percorrer diferentes paisagens e desafios para deixar a ilha em segurança. Cada nível concluído pode ser repetido quantas vezes quisermos, para mostrar as nossas novas habilidades de segurança e melhorar a nossa pontuação. O Neuropal também inclui quizzes sobre segurança e um glossário onde podemos explorar mais sobre o sistema nervoso.

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A viagem

sistema nervoso

Rede elétrica biológica que mantém o nosso corpo interligado e nos permite pensar, sentir e agir sobre o mundo

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curiosidades animais

Nós e a grande maioria dos mamíferos temos uma capacidade muito baixa de recuperar de lesões na medula espinal, mas para estes animais é canja

É com eles que os cientistas estão a tentar aprender como superar as nossas limitações e recuperar as funções cruciais desempenhadas pela medula espinal depois de uma lesão.

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a nossa história

Neuropal surgiu no âmbito de um projeto de investigação sobre regeneração de lesões da medula espinal, financiado pela Fundação La Caixa, no laboratório da Leonor Saúde, no IMM. 
A vontade era ir além do trabalho de investigação e comunicar com o público, sobretudo os mais jovens, sobre como prevenir estas lesões.

A Associação Viver a Ciência aderiu ao projeto desde cedo e em conjunto com a equipa de Leonor assumiu a excitante tarefa de desenvolver um jogo que pudesse promover comportamentos seguros, ao mesmo tempo que ensinava sobre o sistema nervoso e as suas funções.

Em 2020 a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) juntou-se ao esforço e um protótipo foi produzido, com uma equipa de alunos da turma do LGP (Project Managing Lab).

O desenvolvimento continuou em 2021 com a programadora Luísa Freire, inicialmente com estudante de Mestrado da FEUP e depois com o seu primeiro emprego, em que continuou a fazer a sua magia. Tivemos também a sorte de poder contar com a valiosa experiência em Design de Jogos da Universidade de Aveiro.

O desenvolvimento gráfico e sonoro foi possível graças ao financiamento da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR), que nos permitiu levar mais longe a parceria com a Engenharia de Som da FEUP e trabalhar com o designer de som Valter Abreu, que criou uma bela e rica paisagem sonora para a Neuropal.
E por último, mas não de todo menos importante, pudemos contar com as mãos seguras do estúdio FAVO que foi responsável por toda a identidade visual e criou um fantástico mundo ilustrado para o Neuropal.

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equipa e contacto

CONCEITO E GAME DESIGN

Joana Barros cienciavitae
/ project direction
Associação Viver a Ciência website

Leonor Saúde Lab website
Instituto de Medicina Molecular website

Luísa Freire
/ programmer linkedin

António Coelho cienciavitae
FEUP website

Pedro Cardoso cienciavitae
Universidade de Aveiro website

LGP < Simplify Team website
FEUP

Rafael Maquiné linkedin
Pedro Ribeiro
/ additional programming

Design de som

Valter Abreu website

Eduardo Magalhães
FEUP


Design Visual

Pedro Dias instagram
Pedro Oliveira
Élio Mateus
Hugo Raposo
Gustavo Carreiro
FAVO Studio website

Website e Base de dados

Francisco Ribeiro Linkedin
Eduardo Almeida

Traduções

Joana Barros
Carmen de Sena
Kingsley Walker

Contactos

Neuropal info@neuro-pal.org

sistema nervoso

Sistema Nervoso Central

O Sistema Nervoso Central (SNC) é composto pelo cérebro (encéfalo) e a medula espinal e está localizado dentro do crânio e do canal medular.

É ao SNC que chega a informação dos sentidos (visão, audição, olfacto, paladar e tacto) e é dele que partem as mensagens para os músculos e glândulas.

sistema nervoso

Cérebro

O Cérebro é o centro de comando do sistema nervoso. É aqui que estão armazenadas as nossas memórias e de onde vem a nossa perceção do mundo e de nós próprios.

Alterações em qualquer uma das suas partes podem ter profundas consequências (físicas, mentais, sensoriais e comportamentais) na vida de uma pessoa.

sistema nervoso

Lobo Frontal

Região do cérebro que controla:

.  o olfacto
.  o raciocínio
.  a linguagem
.  os movimentos voluntários

Uma lesão aqui pode causar irritabilidade, mudança de humor e incapacidade de regular o comportamento e as emoções.

sistema nervoso

Lobo Parietal

Região do cérebro que controla:

.  o tacto
.  o paladar 
.  a orientação espacial

 Quando é danificada pode causar perda de sensibilidade, desorientação, dificuldade em desenhar objetos e planear movimentos complexos.

sistema nervoso

Lobo Occipital

Região do cérebro responsável pela perceção visual de:

. cores
. forma 
. movimento

Danos nestes lobos podem provocar ilusões visuais, problemas na leitura, escrita e reconhecimento de cores.

sistema nervoso

Lobo Temporal

É a região cerebral que controla:

.  a audição
.  a memória
.  as emoções
.  o reconhecimento facial

Quando é lesionada afeta a aprendizagem e a compreensão de palavras faladas.


sistema nervoso

Cerebelo

O Cerebelo, que significa "cerebrozinho" em latim, é essencial para:

.  o equilíbrio
.  a postura
.  a coordenação de movimentos precisos.

Quando é lesionado, pode causar problemas motores, como incapacidade de alcançar e pegar num objeto, fazer movimentos rápidos ou até mesmo andar.

sistema nervoso

Tronco Cerebral

Zona do cérebro por onde passa toda a informação para a medula espinal. 
É onde são reguladas funções vitais, como:

.  a respiração
.  o batimento cardíaco

Devido a estas papeis tão importantes, lesões nesta zona do cérebro são muito perigosas!

sistema nervoso

Medula Espinal

Tecido nervoso que percorre a coluna vertebral desde a base do cérebro até à região lombar. 

Através dela passam mensagens do cérebro para o resto do corpo e vice-versa.

Controla os sentidos, músculos, batimentos cardíacos, respiração, pressão arterial, funcionamento do intestino e da bexiga, entre outros. 

sistema nervoso

Segmento Cervical

Região da medula espinal que inclui 8 segmentos, C1 a C8. 

C1-C4 controla o movimento dos:
.  olhos
.  boca, 
.  língua
.  pescoço

C5-C6 controla:
.  ombros
.  braços

C7-C8 controla:
.  cotovelos
.  mãos

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Segmento Torácico

Região da medula espinal que inclui 12 segmentos, T1 a T12.

T1-T5 controla o movimento:
.  do peito
.  dos braços

T6-T12 controla:
.  o abdómen

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Segmento Lombar

Região da medula espinal que inclui 5 segmentos, L1 a L5. 

Controla o movimento das:
.  ancas
.  pernas
.  joelhos
.  tornozelos
.  pés

sistema nervoso

Sistema Nervoso Periférico

Esta parte do sistema nervoso conecta o Sistema Nervoso Central (SNC - cérebro e medula espinal) ao resto do corpo.

Leva informação dos sentidos (visão, audição, olfacto, paladar e tacto) até ao SNC, e daí para os órgãos.

sistema nervoso

Neurónio

São as principais células do sistema nervoso. Eles comunicam entre si formando vastas redes que percorrem todo o organismo.

Existem milhares de milhões de neurónios no nosso corpo, com aparências muito diferentes dependendo das suas funções.

sistema nervoso

Sinapse

É a estrutura que permite a passagem de sinais (elétricos ou químicos) de um neurónio para outro, ou para células que executam as ordens (efetoras).

O sinal pode passar através de neurotransmissores ou pelo contacto direto entre células, e pode ativar ou inibir a condução nervosa.

sistema nervoso

Lesão

Zona num órgão ou tecido que é danificada por uma doença ou por agressão física.

No caso do cérebro e medula espinal as lesões não curam totalmente, afetando para sempre o seu funcionamento.

sistema nervoso

Regeneração

Capacidade de um tecido voltar ao normal, em termos de funcionamento e/ou estrutura, após uma lesão.

Ao contrário de nós, há animais, como o peixe-zebra, que são capazes de regenerar a Medula Espinhal após uma lesão!

curiosidades animais

Peixe Zebra

O peixe-zebra tem uma capacidade notável de regenerar a sua medula espinal e consegue voltar a nadar mesmo após lesões severas.


Embora ainda não entendamos completamente como é que o peixe-zebra (Danio renio) consegue tal feito, os investigadores já identificaram várias ferramentas moleculares e celulares importantes no seu processo de regeneração, que partilham com os mamíferos.

Os investigadores estão a analisar tanto moléculas que afetam a capacidade interna dos neurónios se regenerarem (neurogénese) como também moléculas presentes no microambiente da medula espinal, que promovem a regeneração no peixe-zebra mas não nos mamíferos.

Há uma grande esperança que a investigação em peixe-zebra nos possa trazer conhecimento importante para virmos um dia a ser capazes de tratar lesões da medula espinal em seres humanos.



curiosidades animais

Lampreia

As lampreias são peixes sem mandíbula, semelhantes às enguias, que existem desde antes do tempo dos dinossauros. São conhecidos como fósseis vivos porque nos últimos 360 milhões de anos pouco se alteraram.

A lampreia do mar (Petromyzon marinus) é um excelente organismo modelo para a investigação da medula espinal. O seu sistema nervoso facilmente visível e acessível, tornam-na ideal para captar imagens e registar a atividade neuronal.

A sua capacidade de regeneração é fantástica, sendo capaz de recuperar por completo de lesões profundas da medula espinal, em menos de 3 meses, readquirindo a capacidade de nadar, cavar e rodopiar como se nada lhe tivesse acontecido.

Vários genes envolvidos neste processo de regeneração da medula espinal na lampreia, também estão ativos na regeneração do sistema nervoso periférico em mamíferos. Desta forma, terapias que promovam a reactivação destes genes no contexto das lesões da medula espinal pode ajudar a melhorar os tratamentos em humanos.

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Salamandras

As salamandras são animais anfíbios, um termo que deriva do grego antigo e significa "ambos tipos de vida". São vertebrados de sangue frio e vivem parte de suas vidas na água e parte em terra.

Estes animais são capazes de coisas incríveis. Conseguem regenerar completamente as suas caudas, em poucas semanas, perfeitamente funcionais com medula espinal e nervos incluídos.

Uma espécie em particular, o Axolotle (Ambystoma mexicanum), vai ainda mais além e consegue regenerar também os membros, a pele, os pulmões, o fígado, o coração, os dentes e o cérebro.

A investigação deste super-poder regenerativo já identificou várias moléculas importantes relacionadas com adesão celular, inflamação e o sistema imunitário, que desempenham um papel importante neste processo e nos ajudam a compreender melhor a nossa própria resposta às lesões da medula espinhal.

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Gambá

Os gambás são mamíferos que têm a rara capacidade de conseguir regenerar a medula espinhal, mas apenas até 9-12 dias após o nascimento.

A capacidade de regeneração "interrompida" dos gambás (Monodelphis domestica) dá aos investigadores a possibilidade única de estudar neurónios que primeiro conseguem e depois deixam de conseguir regenerar-se após lesões na medula espinhal e comparar os dois.

Esta linha de investigação revelou que, quando a regeneração pára, vários genes são ativados e outros são desativados. A questão agora é saber qual o papel que as moléculas produzidas na promoção ou inibição da regeneração da medula espinhal.

Essas descobertas são muito relevantes porque, embora humanos e gambás se tenham separado evolutivamente há 180 milhões de anos, mesmo assim ainda compartilhamos muitos genes som eles. O que parece realmente mudar entre os mamíferos não são os genes em si, mas a forma como esses genes são regulados. Sendo assim os humanos podem ter já todas as ferramentas necessárias para o trabalho, mas precisam de ser afinadas.


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Ratinho Espinhoso

O ancestrais dos humanos e dos ratos só se separaram há 80 milhões de anos,fazendo de nós primos chegados em termos evolutivos.

Entre os ratos, o rato espinhoso (Acomys) é uma lenda. Das planícies áridas do Oriente Médio, Ásia e África chegam-nos histórias das suas façanhas regenerativas, que são conhecidas localmente há gerações. Mas foi só em 2012 que essas habilidades extraordinárias foram pela primeira vez documentadas experimentalmente.

Desde então, os investigadores confirmaram que o Acomys pode regenerar totalmente tecidos complexos, como a pele, as orelhas, os músculos e os seus tecidos nervosos. Aprendemos também que ele consegue recuperar de lesões graves na medula espinhal, restabelecendo o movimento e a coordenação normais dos membros.

Como é que o Acomys consegue fazer isto ainda não sabemos, mas os cientistas já descobriram que genes que promovem a formação de novos neurónios (neurogênese) e moléculas protetoras, estão mais ativos e podem estar a ajudar na regeneração.

Esta é uma nova área de pesquisa que pode trazer conhecimento valioso para o tratamento de lesões na medula espinhal.

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